O marxismo cultural é uma vertente do pensamento marxista que enfatiza a importância da cultura e da ideologia na luta de classes. Essa teoria sugere que as ideias e valores das elites dominantes são disseminados através da cultura popular, visando manter a posição privilegiada dessas elites sobre as massas populares. Através do controle dos meios de comunicação, da educação e da arte, essas elites conseguem moldar a consciência da sociedade e garantir sua hegemonia. No entanto, a teoria do marxismo cultural não é livre de controvérsias. Alguns críticos alegam que ela faz uma simplificação excessiva da complexa relação entre cultura e poder, reduzindo-a a meras questões de classe e luta de classes. Também é apontado que essa teoria pode levar a uma visão determinista da cultura, em que as massas populares são vistas como meros receptores passivos das ideias e valores das elites dominantes. Apesar das críticas, o marxismo cultural continua a ser uma vertente influente do pensamento marxista, especialmente no campo da cultura e da estética. Nesse sentido, é importante perceber a sua contribuição para a compreensão das formas como a cultura é usada como instrumento de dominação e resistência, e como ela pode ser transformada em uma ferramenta de luta popular e emancipação.
